Setor Fraga Vermelha - Ferrarias de S. João - Penela

 

 

 

ferrariasjoao fraga vermelha 02Ferraria de S. João

Preâmbulo

Inserida no Programa Aldeias do Xisto a Ferraria de S. João é uma pequena e humilde aldeia pertencente à freguesia da Cumieira, Penela. A aldeia situa-se na parte sul da Serra da Lousã, localmente denominada Serra do Espinhal também conhecida como Serra de São João.

Ladeada por uma formidável franja quartzítica e com um magnífico sobreiral no sopé, esta aldeia oferece a quem a visita, uma verdadeira imersão na natureza.

Ali é possível contemplar a riqueza paisagística e cultural tão característica das aldeias rurais. A simplicidade da aldeia abre espaço para usufruir de bons momentos de descanso após um dia de escalada. O Centro de BTT complementa muito bem nos dias em que os braços não oferecem o rendimento necessário.

Segundo os registos históricos desta interessante falésia, apelidada de Fraga Vermelha, as primeiras vias nasceram pelas mãos do Marco Inácio, Nelson Cunha e Rafael Lopes em 2007, na mesma altura que equiparam as vias nas Fragas do Cercal.

 

evora 3O tipo de escalada varia bastante, assim como o tipo de presas com predominância em regletes. Na parte central a estrutura da falésia é composta por pequenos tectos, diedros e arestas que proporcionam uma escalada tridimensional, desafiando a imaginação, a flexibilidade e a força.

Uma das características que também se destaca são as cores desta falésia, resultado da existência de algumas zonas com liquens, colorindo de forma parcial, a parede de amarelo e de tons vermelho-acastanhado, mais abundante, resultado da presença de óxido de ferro muito provavelmente dando origem ao seu nome.

 Acto I

Decorria o ano de 2018.carolina 2

Num fim de semana em que a meteorologia não se apresentava favorável em todo o território nacional, (a chuva ameaçava até ao Reguengo do Fetal) a escolha do local para ir escalar não foi tarefa fácil. Apesar do cenário, motivados pelo potencial da zona e por nos ser desconhecido, a escolha recaiu sobre a Fraga Vermelha, nunca tinha sido visitada nem por mim nem pelo MC, apenas eu tinha estado na Fraga Loureira e restantes sectores das Fragas do Cercal um par de vezes.

Ficou claro desde os primeiros minutos que chegámos, de que seria um local onde iríamos passar largos dias.

cunhaNesses dois dias escalamos todas as vias da Fraga Vermelha e Fraga Loureira. As próximas visitas seriam de Hilti em riste, caixas de pernos, brocas e plaquetes!

Com uma cirurgia marcada na semana seguinte e que, consequentemente levaria a uma reccuperação de cerca de dois meses, fizemos um pacto para regressarmos apenas quando estivesse recuperado e assim partilharmos os momentos pendurados a furar e partir pedra, ou pelo menos assim esperava…

Algumas semanas mais tarde começam a surgir as primeiras mensagens de alguns projectos de oitavo grau! O pacto tinha sido alterado. A inquietude foi mais forte ficando a promessa de uma pequena área reservada. Sem saber o prazo dessa reserva, apresso o mais que consigo na fisioterapia, os rumores de que estaria tudo equipado dão origem a uma motivação extra e quando dou por mim estou a equipar, a minha primeira via no sector. Foi assim assinado o “ Pacto de Basófia”.

Acto II

Estávamos em guerra.

Não seria uma guerra entre ambos, mas sim contra um sistema. “Os Campistadores do Inútil” eram então, um movimento portador de uma ideologia oportunista e sem escrúpulos, assentes numa propaganda bem elaborada que tem como objectivo moldar as mentes mais frágeis e vulneráveis em favor próprio, aplicando muitas vezes, técnicas desenvolvidas em tendas tipo iglu criados especificamente para o efeito.

evoraEstas técnicas consistiam muitas vezes na introdução de €€ em locais privados e particulares onde estes tipo de indivíduos podiam aceder livremente e ter acesso facilitado e directo a bens e serviços. A estes esquemas, entre outros, ficaram conhecidos mais tarde como “Matriosca Campista”.

Foi com o propósito de combater este tipo de crueldade que nasceram os “Bolchevikings” uma força que defende a revolução e uma mudança radical dos interesses do regime em prol do povo.

Era conhecimento de que estes actos eram aplicados sobretudo numa região onde havia maior concentração de indivíduos com a mesma linha de pensamento. Embora estivessem destacados camaradas na área mais afectada, foi necessário activar o plano “Cortina de Ferro” inicialmente projectada como uma linha imaginária que servia essencialmente para separar duas formas distintas de pensamento na esperança de não contagiar um povo mais pobre, menos educado, envelhecido e concentrado em lares.

carolina 1Não sendo eficaz o suficiente foi urgente encontrar uma solução. A utilização de uma arma química à base de "Campicida" chegou a ser estudada mas a decisão foi construir algo mais físico dando origem ao “Mouro de Berlin”, deste modo sempre conseguiríamos enviar a fatura.

Nesta época que se vivia, conhecida agora como a  “Perestroika”, havia uma facção que se afirmava independente e sem posição ideológica que ansiava ingenuamente por um “Armistício”. Coincidentemente, o aparecimento do “Pássaro de Fogo”[1], veio anunciar o fim da “Guerra e Paz”[2], baralhando ainda mais uma situação na já instaurada “Guerra sobre a Guerra”.

Desta forma se perpetuará uma luta onde um dos interesses dos Bolchevikings será derrotar um sistema onde o nepotismo serve apenas para manter a fachada bem pintada.

Nota: Qualquer semelhança com a ficção é pura realidade.

 

Por: Rodrigo Lemos (Rodas)


[1]  Figura da mitologia Nórdica que assume a forma de um pássaro mágico brilhante, que é ao mesmo tempo uma bênção e um portador de desgraça ao seu captor.

[2]  Livro de Liev Tosltói que será adaptado para o cinema com a produção confirmada em “Horllywood”.

  Detalhes e CROQUIS AQUI

ferrariasjoao fraga vermelha 02

 

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